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Capítulo 1

Era uma manhã comum como todas as outras, estava um pouco frio em Campo Grande. Levantei pra ir à escola. Coloquei minha blusa do uniforme, uma calça jeans e meu tênis que alias já estavam até um pouco velho. Fui até a cozinha e encontrei a minha mãe
- Oi mãe, bom dia – disse me espreguiçando.
- Oi minha filha
Olhei pra pequena mesa que tinha em nossa cozinha e reparei que não tinha nada em cima
- Érr ..  Mãe, a senhora já fez o café? –
- Ah minha filha, é que o salário do seu pai ainda não saiu né, a situação não ta muito boa-disse ela em um tom um pouco triste.
- Ah, tudo bem mãe não se preocupa eu não to com fome – falei um pouco constrangida.
É .. a coisa lá em casa não tava muito boa, o salário do meu pai era o único que sustentava a casa, e mesmo assim não estava dando conta. Quase tudo ia pro aluguel de nossa casa, que já não era muita coisa.
Eu era bolsista em uma escola muito boa que tinha aqui em Campo Grande. Me esforcei demais pra ganhar essa bolsa, pois sempre soube que meu pai não teria condições pra me dar um bom futuro. Fui indo em direção à escola, ia sozinha mesmo já que não tinha ninguém pra me acompanhar.  Na verdade nem amigas eu tinha, porque ninguém queria se aproximar da menina mal vestida e pobretona da escola né? Eu até entendia e me conformava, pois sempre me coloquei em meu lugar.
Cheguei na escola e fui direto pra sala de aula. Me sentei lá no fundo que era o meu cantinho de sempre. A professora chegou e eu estava concentrada na matéria até ouvir algumas risadinhas de Roberta e seu grupo de amigas. Ela era uma menina que simplesmente amava me humilhar, acho que ela me odiava mesmo sem eu nunca ter feito nada pra ela. E pra piorar tudo, ela ainda era filha do proprietário da casa em que eu e meus pais morávamos além de ser chefe dele. Pois é, chefe. Meu pai trabalhava como vendedor em umas das lojas de roupas que o pai dela era dono.
 Tentei me concentrar no que elas estavam falando até que conseguir ouvir
- Nossa a pobretona lá ta cada dia pior heim? – dizia Roberta gargalhando com suas amigas patricinhas – Eu duvido que essa garota algum dia vá arrumar um namorado na vida, porque nossa olha só pra ela. Daqui a pouco ela ta andando só com a sola desse tênis ridículo dela, ter que conviver perto de gente pobre é fogo viu? Não sei como meu pai pode abrigar esse tipo de gente em propriedade dele. Bem que meu pai podia pegar uns restos de roupas e doar pra essa menina e para os pais nojentos dela – ela gargalhava olhando para mim .
Nunca tinha ligado para o que ela dizia já tava até acostumada com isso tudo.
Mas dessa vez eu me importei, senti um aperto em meu coração e um nó na garganta. Percebi que iria chorar e pedi autorização à professora para sair da sala de aula. Ela autorizou.
Sai correndo para o banheiro onde me tranquei e fiquei la por muitos minutos chorando. Fiquei refletindo e me perguntado: “Meu Deus porque minha vida tem que ser assim? Porque eu tenho que agüentar essas humilhações todos os dias?”
Depois de passar longos minutos chorando percebi que a professora iria sentir minha falta na sala, bom só ela mesma, então lavei meu rosto e sai do banheiro.
Fui andando até o corredor de cabeça baixa para que ninguém percebesse que meus olhos estavam vermelhos e inchados, até que esbarro em alguém, na pessoa em que eu menos esperava ..


Continua ..

Comentários

  1. Aah amor continua *0*

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  2. Posso matar essa Roberta ? :@' mas que menina idiota viu. Em quem sera que ela esbarro ? o.O continuaa @lovaticdols

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  3. Pode sim rs , ela vai apronta muito ainda
    Posto mais amanha amoor

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  4. AAAAAAAh Roberta Vadia. Tomara que sofra nessa fic. Amando já. CONTINUAA AMIGA.

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  5. Caramba, gostei da história. Por mim essa Roberta já estaria morta e acho que essa pessoa que ela esbarrou foi o Luan u.u posta mais?

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  6. continuaaaa nega me avisa no tt @BeatrizEvellynS

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