- Me... me descu... me desculpa. Eu não queria entrar assim eu... Eu, não sabia que você estava aqui - a cor vermelha se espalhara pelo meu rosto. Tampei meus olhos ao presenciar um homem completamente sem vestimenta no quarto de hóspedes daquela casa. Dei meia volta mas acabei com uma batida brusca do meu pé na beira da porta. Maldito dedo mindinho
- Mari você tá tão pálida. Precisa de alguma coisa? - Cássio perguntou ao me ver entrar na cozinha
- Não... na verdade sim, está tudo bem. Eu só não encontrei a toalha
- Eu pego pra você
Enquanto ele se locomovia, bebi um copo de água com a intenção de esquecer o que acabara de ver. Fiquei completamente constrangida e nem ao menos sei com que cara olhar para aquele homem novamente.
(...)
- Esse é o Henrique, Mariana - Cássio anunciou enquanto ele juntava-se conosco à mesa.
- Nós já nos conhecemos - disse Henrique lançando-me um olhar irônico enquanto se sentava
O jantar estava maravilhoso, exceto o desconforto que senti na mesa toda vez que olhava de relance para Henrique. Mas Cássio conversava com um sorriso lindo no rosto, no qual me fazia interagir com eles um pouco.
(...)
- Como você está? - Cássio estava na beira da cama praticamente me colocando para dormir. Senti-me como uma criança sendo protegida.
- Eu estou bem - estava deitada confortavelmente, com um cobertor completamente macio que me aquecia do leve frio daquela noite
- Não. Me deixa perguntar da maneira certa. Como seu coração está? - ele sorriu levemente e seus dedos foram passados em meu cabelo, em um gesto lindo de carinho
- Vai passar- disse
- Boa noite meu anjo - seus lábios tocaram minha testa e me senti rodeada por uma proteção
- O Henrique não vai dormir aqui? - questionei antes de ele colocar o pé para fora da porta
- Bom, nós já fizemos o bastante hoje para não precisarmos dormimos juntos - um sorriso tímido esbanjou de mim, mas creio que não deixei de demonstrar que acabara de entender a mensagem contida em suas palavras.
Durante horas mantive-me distraída com as conversas divertidas entre Cássio e Henrique. Mas no momento em que me vi sozinha, as reflexões começaram a me rondar. Estava vazia, me sentindo incompleta. Uma parte de mim faltava e não estava vendo sentido em estar em lugar algum. Já sentia falta de Elena, mas mesmo assim, meu orgulho não suportava o fato de que ela teria sido extremamente covarde comigo. Somos tão amigas, sempre confiamos uma na outra, ela sempre fora meu refúgio e me apunhala dessa maneira. Com o grande amor da minha vida, que teria chances de encontrá-lo se o dinheiro não tivesse sido colocado em primeiro plano por ela. Mas não poderia ignorá-la completamente, aliás, meu trabalho contém a presença dela. Depois de tanto tempo com a mente cheia, tentei abafar meus pensamentos e dormi.
- A dorminhoca vai perder a hora pro trabalho? - uma luz forte invadia meus olhos enquanto eles eram abertos lentamente. À minha frente, a imagem do meu chefe de pijama com os cabelos despenteados. - Vamos, acorde. O café já ta pronto.
- Eu estou te dando muito trabalho Cássio? - levei minha caneca com café à boca
- Você nunca me deu trabalho meu bem. Gosto tanto da sua companhia. Você é bem mais nova que eu, mas tem uma maturidade que talvez eu não tenha.
- Poxa,obrigada - falei tímida - Mas não se engane, aprendo muito com você
- Henrique me falou sobre o que aconteceu ontem
- Ele disse? Ai Deus que vergonha - tampei meu rosto com as mãos fazendo-o rir
- Eu demorei um pouco para vê-lo daquele jeito, já você, não perdeu tempo - sua voz estava nitidamente alegre
- Nem me lembre disse Cássio, foi muito constrangedor.
- Ele vai nos levar para o trabalho hoje. Meu carro está na revisão.
- Ai que ótimo - fui irônica fazendo-o rir novamente
- Vocês precisam conversar para acabar com essa vergonha toda. Não seja boba, ele nem se importou.
(...)
Enquanto estávamos no carro, Cássio pediu para que Henrique estacionasse perto de uma lanchonete. Ele desceu deixando-nos sozinhos. Eu que estava no banco de trás comecei a observá-lo pelo retrovisor. Agora sei por que Cássio ficou tão abatido quando eles terminaram. Henrique era do tipo de cara que seria um completo desperdício ser gay.
- Cássio fez de propósito - Henrique deu fim ao meu transe
- Fez o que?
- Nos deixou sozinhos. Ele sabe que o jeito em que nos conhecemos não agradou muito você.
- Acho que conhecer pessoas desse modo não agrada à ninguém - fixei meus olhos novamente no retrovisor, e pude vê-lo abrir um breve sorriso de canto
- Não precisamos ter vergonha nem nada, mesmo
- Mesmo? Você não se importou?
- Nem um pouco.
- Ok. Então nada aconteceu?
- Sim, nada aconteceu.
Foi ótimo ter aquele alívio, no mesmo segundo toda aquela tensão que havia dentro daquele veículo, se acabara.
Elena já estava na porta do estúdio quando chegamos. Enquanto Cássio girava o trinco, nós duas evitamos trocar olhares e o clima pesado tomou conta do local ao entrarmos.
Como de costume, Cássio ligou o rádio e estava tocando exatamente a música do meu ídolo, meu amor. Elena fechou a cara e demonstrei não me importar e bem lá no fundo, não importava mesmo. A voz da pessoa que eu amava estava soando entre aquelas paredes, e eu, estara flutuando em sua melodia.
- Sabe Cássio, esse garoto não me agrada. É um magrelo metido a cantor, não vale a pena. Não gosto das músicas dele. Acho que não dura muito - fui surpreendida pela indireta de Elena
- Talvez ele não tenha tempo de compor boas músicas por que esteja muito ocupado tirando fotos - retruquei
- Se acalmem meninas, à essa hora da manhã não por favor. Elena vá até a minha sala, tenho trabalho pra você. - Elena foi até a sala dele e em seguida Cássio aproximou-se do balcão da recepção - É por ele que vocês estão brigando?
- Pode parecer bobagem a princípio. Você deve estar achando que estou chateada por minha amiga ter fotografado o cantor que eu gosto. Mas é além disso, muito além, aliás. Você não entenderia. Mas acredite, é algo que significa muito para mim.
- Seja lá o que for eu não quero ver vocês duas se descabelando aqui no estúdio, sejam profissionais.
- Claro Cássio, jamais faria isso. E você sabe, apesar de tudo eu amo aquela idiota.
Não houve mais comunicação entre mim e Elena durante todas as horas. No fim do expediente, voltei para a casa de meu chefe. E prossegui assim durante toda a semana. Com o decorrer dos dias, aquele rancor todo que havia dentro de mim estava desaparecendo. Eu já estava sentindo falta da minha amiga. De nossas brincadeiras, farpas, provocações, abraços. Mas apesar de tudo, queria que ela reconhecesse que havia me machucado. Tudo que envolvesse o Luan me machucava, aliás, magoava, porque machucada estive desde quando fui embora de sua vida.
- Alô, você é conhecida de Elena Albuquerque? - fui acordada de madrugada pelo meu celular
- Sim, eu sou amiga dela. O que houve? - uma sensação terrível tomou conta do meu coração e eu só pensara no pior, meu coração estava extremamente acelerado
- Bom ela passou muito mal durante essa madrugada e teve que ser internada. Ela precisa de algum acompanhante. Pelo que eu vejo você é a única na agenda telefônica que possui o DDD da cidade.
- Eu vou, eu vou - levantei depressa da cama - Como ela está?
- Só venha por favor
Peguei a primeira roupa que avistei na minha mala e bati desesperada na porta do quarto de Cássio. Expliquei rapidamente o que havia acontecido e ele foi de carro comigo até lá.
- Elena Albuquerque - anunciei à moça da recepção daquele hospital
- Aguarde um instante por favor - ela então me pediu
Cássio me guiou até as cadeiras que ali havia. Tentava ficar calma mas não sabia ao certo o que havia acontecido com minha melhor amiga. Macas com pessoas acidentadas, sangrando, passavam à todo instante por aquele corredor e a cada segundo minha aflição aumentara. Meu chefe tentava me acalmar alisando minhas mãos e me dizendo que estava tudo bem, e que não seria nada.
Após longos 45 minutos, uma mulher de jaleco chegou até nós.
- Vocês são acompanhantes de Elena Albuquerque? - questionou com a sua prancheta em mãos
- Sim, eu sou amiga dela. Como ela está, por favor me diga
- Calma. Um de vocês podem entrar
Olhei para Cássio que assentiu para mim. A médica me acompanhou até o quarto. Ao abrir a porta vi minha amiga. Seu corpo estava um pouco inchado e ela estava com cara de doente, literalmente.
- Elena ... o que aconteceu amiga? - aproximei-me da cama em que ela estava
- Eu sou maluca Mari - ela olhou-me com um olhar tristonho o que me fez sentir pena por dentro
- O que aconteceu com você?
- Fui em um salão de cabeleireiro barato e acabei nesse lugar. Como você poder ver minhas mãos e meus olhos estão inchados e minha cabeça coça muito, tudo por causa de um maldito formol que tinha na progressiva que eu fiz
- Elena - minha voz saiu em total tom de desaprovação - Eu não acredito que você se descuidou desse jeito. Não pode sair confiando em qualquer coisa que se vê. Essas coisas precisam ser feitas com cuidado, quantas vezes não te avisei?
- Eu sei. Eu mereço esse sermão - seus olhos tristonhos despejaram lágrimas - Eu to horrível
- Amiga - apoiei sua cabeça em meu corpo e sequei suas lágrimas - Você é linda, e vai ficar tudo bem
- Obrigada por ter vindo, apesar do que fiz pra você
Demorei alguns segundos para engolir aquilo e perceber que havia sido orgulhosa demais. - Nunca abandonaria você - ela me repreendeu com um olhar e eu sorri - Não nesses momentos. E então, quem te trouxe pra cá?
- Percebi a alergia em meu corpo e já era tarde, mas mesmo assim eu viria para cá. Mas acabei desmaiando na portaria. Chamaram a ambulância.
- Eu deveria ter estado com você
- Não por favor Mari, não vamos nos culpar agora. Fui tonta em fazer esse procedimento com qualquer pessoa e você não ter nada a ver com isso, ok?
A médica receitou alguns medicamentos para ela e a liberou. E então voltei para a meu lar real, ao lado de Elena. Era de lá que eu realmente precisava, de minha amiga.
- Então minha best vai me abandonar, é isso? - Cássio perguntou quando abri a porta do apartamento
- Acho que já tá na hora de voltar pra casa. Cássio obrigada por tudo, de coração.
- Tô sempre a dispor. Sempre, ok? - ele brincou com meu nariz - Amanhã te entrego suas coisas. E você mocinha - se referiu à Elena que estava deitada no sofá - Tá de folga segunda. E se for morrer, morra de cabelo cacheado por favor - após fazer Elena rir, ele se foi
- Pelo menos ganhei um dia de folga - ela disse
- Na verdade três. Hoje é sábado - sentei colocando suas pernas sobre as minhas - Amanhã o Luan vai estar no Gugu, mas é uma pena porque minha amiga não gosta de cantores magrelos.
- Você sabe que foi brincadeira aquele dia, não foi sério. Queria te provocar. Eu até gosto desse guri.
- Eu sei boba. Agora vamos dormir. Já madruguei demais, não sou de ferro.
(...)
- Mari acorda - estávamos na mesma cama e Elena me chacoalhava
- Me deixa coisa feia - peguei mais cobertor e virei-me do outro lado
- Eu tô com fome. Vai fazer café sua gorda
- Vai você. Me deixa dormir.
- Não, eu tô com fome. Não brinque com a minha fome - sem ao menos perceber meu corpo já estava de impacto ao chão
- Sua vadia louca - taquei meu travesseiro nela
- Agora você vai levantar - disse puxando seus pés para fora da cama
Depois de uma pequena guerra de travesseiro que deixou o quarto de Elena infestado de penas, passamos o dia arrumando o apartamento. E sim, Elena já estava bem melhor, amém. Assim pude explorar um pouco daquele ser preguiçoso.
- Como você detonou o apartamento em 1 semana? - falei enquanto limpávamos
- Você sempre foi a mais organizada, não me culpe
Foi maravilhoso fazeras pazes com minha amiga. À tarde já estava programada para nós duas vermos o Luan na TV, porém foi a ultima vez que quis vê-lo. A decepção foi tamanha, a ponto de todos os meus planos serem destruídos e se tornaram insignificantes.
Oi amores. Olha eu sei que vocês estão muito chateadas comigo por ter demorado tanto para postar. Quem participa do grupo da fic >https://www.facebook.com/groups/424765574316813/?fref=ts < deve ter visto o que eu postei esclarecendo sobre a demora. Bom, fiquei sem computador. E isso deve ser um terror para todas as escritoras ( pelo menos para mim sim). Mas agora já está tudo bem com meu pc maluco. Mesmo assim, peço desculpas para todas vocês. Sei que ficaram visitando aqui para ver se eu já tinha atualizado e tal, enfim, desculpa. Espero que vocês não me abandonem e nem deixem de ler por conta disso, eu faço com muito carinho e não quero perder vcs =x
Mas então, o que houve de tão grave que fez Mari pensar em desistir de tudo?
10 comentários? ^^
Beijos, até o próximo ( e dessa vez não vou demorar tanto, juro)
- Mari você tá tão pálida. Precisa de alguma coisa? - Cássio perguntou ao me ver entrar na cozinha
- Não... na verdade sim, está tudo bem. Eu só não encontrei a toalha
- Eu pego pra você
Enquanto ele se locomovia, bebi um copo de água com a intenção de esquecer o que acabara de ver. Fiquei completamente constrangida e nem ao menos sei com que cara olhar para aquele homem novamente.
(...)
- Esse é o Henrique, Mariana - Cássio anunciou enquanto ele juntava-se conosco à mesa.
- Nós já nos conhecemos - disse Henrique lançando-me um olhar irônico enquanto se sentava
O jantar estava maravilhoso, exceto o desconforto que senti na mesa toda vez que olhava de relance para Henrique. Mas Cássio conversava com um sorriso lindo no rosto, no qual me fazia interagir com eles um pouco.
(...)
- Como você está? - Cássio estava na beira da cama praticamente me colocando para dormir. Senti-me como uma criança sendo protegida.
- Eu estou bem - estava deitada confortavelmente, com um cobertor completamente macio que me aquecia do leve frio daquela noite
- Não. Me deixa perguntar da maneira certa. Como seu coração está? - ele sorriu levemente e seus dedos foram passados em meu cabelo, em um gesto lindo de carinho
- Vai passar- disse
- Boa noite meu anjo - seus lábios tocaram minha testa e me senti rodeada por uma proteção
- O Henrique não vai dormir aqui? - questionei antes de ele colocar o pé para fora da porta
- Bom, nós já fizemos o bastante hoje para não precisarmos dormimos juntos - um sorriso tímido esbanjou de mim, mas creio que não deixei de demonstrar que acabara de entender a mensagem contida em suas palavras.
Durante horas mantive-me distraída com as conversas divertidas entre Cássio e Henrique. Mas no momento em que me vi sozinha, as reflexões começaram a me rondar. Estava vazia, me sentindo incompleta. Uma parte de mim faltava e não estava vendo sentido em estar em lugar algum. Já sentia falta de Elena, mas mesmo assim, meu orgulho não suportava o fato de que ela teria sido extremamente covarde comigo. Somos tão amigas, sempre confiamos uma na outra, ela sempre fora meu refúgio e me apunhala dessa maneira. Com o grande amor da minha vida, que teria chances de encontrá-lo se o dinheiro não tivesse sido colocado em primeiro plano por ela. Mas não poderia ignorá-la completamente, aliás, meu trabalho contém a presença dela. Depois de tanto tempo com a mente cheia, tentei abafar meus pensamentos e dormi.
- A dorminhoca vai perder a hora pro trabalho? - uma luz forte invadia meus olhos enquanto eles eram abertos lentamente. À minha frente, a imagem do meu chefe de pijama com os cabelos despenteados. - Vamos, acorde. O café já ta pronto.
- Eu estou te dando muito trabalho Cássio? - levei minha caneca com café à boca
- Você nunca me deu trabalho meu bem. Gosto tanto da sua companhia. Você é bem mais nova que eu, mas tem uma maturidade que talvez eu não tenha.
- Poxa,obrigada - falei tímida - Mas não se engane, aprendo muito com você
- Henrique me falou sobre o que aconteceu ontem
- Ele disse? Ai Deus que vergonha - tampei meu rosto com as mãos fazendo-o rir
- Eu demorei um pouco para vê-lo daquele jeito, já você, não perdeu tempo - sua voz estava nitidamente alegre
- Nem me lembre disse Cássio, foi muito constrangedor.
- Ele vai nos levar para o trabalho hoje. Meu carro está na revisão.
- Ai que ótimo - fui irônica fazendo-o rir novamente
- Vocês precisam conversar para acabar com essa vergonha toda. Não seja boba, ele nem se importou.
(...)
Enquanto estávamos no carro, Cássio pediu para que Henrique estacionasse perto de uma lanchonete. Ele desceu deixando-nos sozinhos. Eu que estava no banco de trás comecei a observá-lo pelo retrovisor. Agora sei por que Cássio ficou tão abatido quando eles terminaram. Henrique era do tipo de cara que seria um completo desperdício ser gay.
- Cássio fez de propósito - Henrique deu fim ao meu transe
- Fez o que?
- Nos deixou sozinhos. Ele sabe que o jeito em que nos conhecemos não agradou muito você.
- Acho que conhecer pessoas desse modo não agrada à ninguém - fixei meus olhos novamente no retrovisor, e pude vê-lo abrir um breve sorriso de canto
- Não precisamos ter vergonha nem nada, mesmo
- Mesmo? Você não se importou?
- Nem um pouco.
- Ok. Então nada aconteceu?
- Sim, nada aconteceu.
Foi ótimo ter aquele alívio, no mesmo segundo toda aquela tensão que havia dentro daquele veículo, se acabara.
Elena já estava na porta do estúdio quando chegamos. Enquanto Cássio girava o trinco, nós duas evitamos trocar olhares e o clima pesado tomou conta do local ao entrarmos.
Como de costume, Cássio ligou o rádio e estava tocando exatamente a música do meu ídolo, meu amor. Elena fechou a cara e demonstrei não me importar e bem lá no fundo, não importava mesmo. A voz da pessoa que eu amava estava soando entre aquelas paredes, e eu, estara flutuando em sua melodia.
- Sabe Cássio, esse garoto não me agrada. É um magrelo metido a cantor, não vale a pena. Não gosto das músicas dele. Acho que não dura muito - fui surpreendida pela indireta de Elena
- Talvez ele não tenha tempo de compor boas músicas por que esteja muito ocupado tirando fotos - retruquei
- Se acalmem meninas, à essa hora da manhã não por favor. Elena vá até a minha sala, tenho trabalho pra você. - Elena foi até a sala dele e em seguida Cássio aproximou-se do balcão da recepção - É por ele que vocês estão brigando?
- Pode parecer bobagem a princípio. Você deve estar achando que estou chateada por minha amiga ter fotografado o cantor que eu gosto. Mas é além disso, muito além, aliás. Você não entenderia. Mas acredite, é algo que significa muito para mim.
- Seja lá o que for eu não quero ver vocês duas se descabelando aqui no estúdio, sejam profissionais.
- Claro Cássio, jamais faria isso. E você sabe, apesar de tudo eu amo aquela idiota.
Não houve mais comunicação entre mim e Elena durante todas as horas. No fim do expediente, voltei para a casa de meu chefe. E prossegui assim durante toda a semana. Com o decorrer dos dias, aquele rancor todo que havia dentro de mim estava desaparecendo. Eu já estava sentindo falta da minha amiga. De nossas brincadeiras, farpas, provocações, abraços. Mas apesar de tudo, queria que ela reconhecesse que havia me machucado. Tudo que envolvesse o Luan me machucava, aliás, magoava, porque machucada estive desde quando fui embora de sua vida.
- Alô, você é conhecida de Elena Albuquerque? - fui acordada de madrugada pelo meu celular
- Sim, eu sou amiga dela. O que houve? - uma sensação terrível tomou conta do meu coração e eu só pensara no pior, meu coração estava extremamente acelerado
- Bom ela passou muito mal durante essa madrugada e teve que ser internada. Ela precisa de algum acompanhante. Pelo que eu vejo você é a única na agenda telefônica que possui o DDD da cidade.
- Eu vou, eu vou - levantei depressa da cama - Como ela está?
- Só venha por favor
Peguei a primeira roupa que avistei na minha mala e bati desesperada na porta do quarto de Cássio. Expliquei rapidamente o que havia acontecido e ele foi de carro comigo até lá.
- Elena Albuquerque - anunciei à moça da recepção daquele hospital
- Aguarde um instante por favor - ela então me pediu
Cássio me guiou até as cadeiras que ali havia. Tentava ficar calma mas não sabia ao certo o que havia acontecido com minha melhor amiga. Macas com pessoas acidentadas, sangrando, passavam à todo instante por aquele corredor e a cada segundo minha aflição aumentara. Meu chefe tentava me acalmar alisando minhas mãos e me dizendo que estava tudo bem, e que não seria nada.
Após longos 45 minutos, uma mulher de jaleco chegou até nós.
- Vocês são acompanhantes de Elena Albuquerque? - questionou com a sua prancheta em mãos
- Sim, eu sou amiga dela. Como ela está, por favor me diga
- Calma. Um de vocês podem entrar
Olhei para Cássio que assentiu para mim. A médica me acompanhou até o quarto. Ao abrir a porta vi minha amiga. Seu corpo estava um pouco inchado e ela estava com cara de doente, literalmente.
- Elena ... o que aconteceu amiga? - aproximei-me da cama em que ela estava
- Eu sou maluca Mari - ela olhou-me com um olhar tristonho o que me fez sentir pena por dentro
- O que aconteceu com você?
- Fui em um salão de cabeleireiro barato e acabei nesse lugar. Como você poder ver minhas mãos e meus olhos estão inchados e minha cabeça coça muito, tudo por causa de um maldito formol que tinha na progressiva que eu fiz
- Elena - minha voz saiu em total tom de desaprovação - Eu não acredito que você se descuidou desse jeito. Não pode sair confiando em qualquer coisa que se vê. Essas coisas precisam ser feitas com cuidado, quantas vezes não te avisei?
- Eu sei. Eu mereço esse sermão - seus olhos tristonhos despejaram lágrimas - Eu to horrível
- Amiga - apoiei sua cabeça em meu corpo e sequei suas lágrimas - Você é linda, e vai ficar tudo bem
- Obrigada por ter vindo, apesar do que fiz pra você
Demorei alguns segundos para engolir aquilo e perceber que havia sido orgulhosa demais. - Nunca abandonaria você - ela me repreendeu com um olhar e eu sorri - Não nesses momentos. E então, quem te trouxe pra cá?
- Percebi a alergia em meu corpo e já era tarde, mas mesmo assim eu viria para cá. Mas acabei desmaiando na portaria. Chamaram a ambulância.
- Eu deveria ter estado com você
- Não por favor Mari, não vamos nos culpar agora. Fui tonta em fazer esse procedimento com qualquer pessoa e você não ter nada a ver com isso, ok?
A médica receitou alguns medicamentos para ela e a liberou. E então voltei para a meu lar real, ao lado de Elena. Era de lá que eu realmente precisava, de minha amiga.
- Então minha best vai me abandonar, é isso? - Cássio perguntou quando abri a porta do apartamento
- Acho que já tá na hora de voltar pra casa. Cássio obrigada por tudo, de coração.
- Tô sempre a dispor. Sempre, ok? - ele brincou com meu nariz - Amanhã te entrego suas coisas. E você mocinha - se referiu à Elena que estava deitada no sofá - Tá de folga segunda. E se for morrer, morra de cabelo cacheado por favor - após fazer Elena rir, ele se foi
- Pelo menos ganhei um dia de folga - ela disse
- Na verdade três. Hoje é sábado - sentei colocando suas pernas sobre as minhas - Amanhã o Luan vai estar no Gugu, mas é uma pena porque minha amiga não gosta de cantores magrelos.
- Você sabe que foi brincadeira aquele dia, não foi sério. Queria te provocar. Eu até gosto desse guri.
- Eu sei boba. Agora vamos dormir. Já madruguei demais, não sou de ferro.
(...)
- Mari acorda - estávamos na mesma cama e Elena me chacoalhava
- Me deixa coisa feia - peguei mais cobertor e virei-me do outro lado
- Eu tô com fome. Vai fazer café sua gorda
- Vai você. Me deixa dormir.
- Não, eu tô com fome. Não brinque com a minha fome - sem ao menos perceber meu corpo já estava de impacto ao chão
- Sua vadia louca - taquei meu travesseiro nela
- Agora você vai levantar - disse puxando seus pés para fora da cama
Depois de uma pequena guerra de travesseiro que deixou o quarto de Elena infestado de penas, passamos o dia arrumando o apartamento. E sim, Elena já estava bem melhor, amém. Assim pude explorar um pouco daquele ser preguiçoso.
- Como você detonou o apartamento em 1 semana? - falei enquanto limpávamos
- Você sempre foi a mais organizada, não me culpe
Foi maravilhoso fazeras pazes com minha amiga. À tarde já estava programada para nós duas vermos o Luan na TV, porém foi a ultima vez que quis vê-lo. A decepção foi tamanha, a ponto de todos os meus planos serem destruídos e se tornaram insignificantes.
Oi amores. Olha eu sei que vocês estão muito chateadas comigo por ter demorado tanto para postar. Quem participa do grupo da fic >https://www.facebook.com/groups/424765574316813/?fref=ts < deve ter visto o que eu postei esclarecendo sobre a demora. Bom, fiquei sem computador. E isso deve ser um terror para todas as escritoras ( pelo menos para mim sim). Mas agora já está tudo bem com meu pc maluco. Mesmo assim, peço desculpas para todas vocês. Sei que ficaram visitando aqui para ver se eu já tinha atualizado e tal, enfim, desculpa. Espero que vocês não me abandonem e nem deixem de ler por conta disso, eu faço com muito carinho e não quero perder vcs =x
Mas então, o que houve de tão grave que fez Mari pensar em desistir de tudo?
10 comentários? ^^
Beijos, até o próximo ( e dessa vez não vou demorar tanto, juro)
Eu acho que o Luan ta namorando ou algo assim, sera ? O.o continuaa
ResponderExcluir@lovaticdols
Aiiii quer me matar de ansiedade ,posta logo.Tu arrasa .#Ariane
ResponderExcluirposta assim que der a meta, pfvrrr
ResponderExcluirEle falou q ficou com a Cacau ! Aposto !
ResponderExcluir@ls_nayy amo sua fic amor...deveria continuar mais rapido..fico #anciosa kkkkkkkk
ResponderExcluirdeve estar namorando
ResponderExcluircontinuaaaaaaaaa?
@carol_mellos2
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA posta mais?????????????? tá d++++++++++++++++++! ♥
ResponderExcluirNati
Posta maissss
ResponderExcluirposta mais hojeee
ResponderExcluirposta mais hoje, pow, quero q eles se encontrem logo, já tao mt tempo separados. Cuidado pra nao ficar chato, amor
ResponderExcluirnao vai demorar tanto ? nao pode demorar nada haushsushshs
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