Pular para o conteúdo principal

Capitulo 37

Cerca de 1 hora depois pousamos no aeroporto de Maringá. Pegamos outro táxi para chegarmos na casa da minha tia. No carro, vi os pingos de chuva molharem o vidro e imediatamente acabei relembrando de como sempre o Luan me pedia um beijo quando chovia. E agora meu coração se aperta só de pensar que não vou mais vê-lo e que ao menos pude avisá-lo que estava partindo. Foi tudo muito rápido e não deu tempo. E o celular dele não dava nem sinal de vida. Só sei que uma mágoa muito grande cresceu dentro de mim e minha cabeça paira em confusão. Em 30 minutos avistamos uma mulher com aparência de uns 45 anos, cabelos negros, estatura não muito alta, em frente a uma casa. Minha mãe me disse que era a minha tal tia. Eu só me lembro de ter a visto uma vez, enquanto ainda era muito pequena. Descemos do carro e ela veio até nós. Abraçou minha mãe e em seguida à mim.
- Nossa como você cresceu Mariana – disse admirada rolando seus olhos sobre mim, apenas sorri tímida tentando disfarçar o desconforto – Pedro, vem ajudar com as malas – Pedro era o meu primo mais velho, lembro muito bem da nossa diferença de idade. Era de 4 anos. Então provavelmente ele devia ter 20 anos se ainda não tivesse completado. Ele saiu pela porta e nos cumprimentou com um aceno de cabeça. Retirou as malas e as colocou para dentro.
Fomos convidadas para entrar e logo nos aconchegamos no sofá. A casa não era muito grande mas era perfeita para nós. Tia Natacha morava apenas com meu primo Pedro. Ela se separou do marido logo depois de ter perdido uma filha quando estava grávida de 4 meses. Ele acabou não aceitando o fato e foi embora.
Enquanto minha mãe colocava o papo em dia, segui Pedro. Ele me avistou e sorriu de canto.
- Você cresceu muito – ele disse, apenas sorri olhando para baixo com as mãos no bolso – Mas pelo visto não mudou nada, continua tímida.
- Você também cresceu muito
- Eu sei. Lembra quando me gabava por que era mais velho e você a mais baixinha?
- Sério que você lembra disso? – arqueei a sobrancelha
- Sim. E o seu pai?
- Eu não sei – encarei o chão
- Minha mãe me contou. Ela disse que o tio Carlos ligou pedindo pra vocês ficarem aqui.
- Mas ele contou para onde ia? – perguntei
- Creio que não. Pelo menos a mãe não me disse nada.
- Ah – disse desapontada
- Esse é o quarto que você e sua mãe vão ficar – ele abriu uma porta dando a visão de um quarto com duas camas. – Olha pode entrar, se quiser trocar de roupa fica a vontade ta? Qualquer coisa eu estou lá em baixo

#Luan Narrando

- Ué Mamusca por que meu celular ta sem chip? – questionei
- Estavam passando muito trote filho, aí pedi para o seu pai jogar aquele no lixo e te dar outro
- Eita então eu tenho que avisar pra Mari, e se ela tentou me ligar?

#Mariana Narrando

Dias se passaram e minha mãe me matriculou na nova escola. Agora vejo que tudo que passei não valeu a pena. Tanto que me esforcei para me formar naquela escola, tanto que me humilhei e tudo foi em vão. Era meu primeiro dia, mas não me senti tão desconfortável como me sentia antes. Aqui as pessoas eram elas mesmas e só queriam estudar e ser amigas. A aula começou e as mesas estavam arrumadas em duplas. Uma garota com os cabelos castanho escuro e  liso se sentou ao meu lado. Sorriu simpaticamente à mim e retribui. Ela se apresentou dizendo que seu nome era Elena. Conversamos um pouco e ela pareceu gostar de mim. E confesso que a adorei, ela tinha um jeito espontâneo de agradar qualquer um e parecia ser muito gentil.

#Luan Narrando

Enfim, voltando a minha terrinha de Campo Grande. Morto de saudade da minha Mari. Cheguei exausto em casa depois de graças a Deus fazer vários shows por onde passei. Foi incrível demais, e a galera pareceu gostar. Tomei um banho e passei a manhã jogado no sofá descansando. Acordei só depois com a Mamusca me chacoalhando
- Você não disse que ia ver tua namorada menino?
- An? – perguntei ainda atordoado esfregando os olhos – Eita a Mari né? Vou lá ver ela, já volto.
Passei a mão no cabelo e fui em direção a casa da minha coisa linda. Cheguei lá e toquei a campainha. Passou-se um minuto e ninguém atendeu. Então toquei novamente e nada de alguém aparecer. Então bati palmas e até gritei pelo nome dela mas não adiantou
- Não tem ninguém em casa- a vizinha abriu a janela e gritou para mim
- Você sabe que horas eles voltam?
- Eles não voltam garoto.
- Como não voltam? – questionei surpreso
- Eles não estão mais aqui, se mudaram já faz alguns dias.
- Como? Como se mudaram? Eles teriam me dito alguma coisa senhora, não podem terem se mudado – sorri nervoso
- Se mudaram sim garoto eu vi com os meus próprios olhos, a mãe e a menina foram embora. Se não quiser acreditar tudo bem, agora eu tenho o que fazer. – fechou a janela com certa ignorância
Paralisei em pé. Com meu olhar fixo em uma direção e o coração saltitando. Não pode ser verdade, ela me diria se fosse embora. E por que ela iria? Saí de lá com a cabeça rondando em pensamentos, seria verdade o que a vizinha havia falado? Voltei para a casa ainda atordoado.
No outro dia fui para a escola e Rodrigo veio até mim dizendo que realmente a Mari tinha ido embora, mas não quis me contar por que. Em fração de segundos minha vida virou do avesso. Ficar sabendo que a minha Mariana havia se afastado de mim e sem ao menos saber o motivo, fez com que uma angústia e uma dor tomasse conta de mim.

#Mariana Narrando

- Então você se mudou há pouco tempo para cá? – Elena me perguntava enquanto andávamos juntas até o caminho de nossas casas
- É. Tive um probleminha com o emprego do meu pai e tivemos que vir pra cá
- E você ta gostando?
- A cidade é legal e as pessoas também. Mas to com muita saudade de Campo Grande e – parei abruptamente – de pessoas que abandonei por lá
- Não deve ser fácil ter que se acostumar com lugares novos. Mas... você topa dar um passeio comigo? Assim, pra conhecer a cidade.
- Ah, por mim tudo bem – concordei



1 ano depois 


Oi meus amors. Sei que deixei a desejar nesse capítulo, me faltou criatividade me desculpem. 
Como será que ficou a vida da Mari depois de 1 ano? 
Queria das as boas vindas às leitoras novas, espero ver sempre os comentários de vcs aqui viu minhas lindas?
Bom, é isso.
Até o próximo 
@neverso_lr

Comentários

  1. Aiiii coitado do Luan da uma Peninha pq ele vai achar q ela o abandonou posta mais @ls_dasgauchas

    ResponderExcluir
  2. Continua a historiaaaaa rapidooooooo @raurikellyluan

    ResponderExcluir
  3. Tadinho deles :-( espero q eles se encontrem e q tudo se resolva

    ResponderExcluir
  4. tadinho dos dois :''(
    continuaaaa
    @carol_mellos2

    ResponderExcluir
  5. mds coitados, q horrível isso, separados assim sem motivo, continua logo

    ResponderExcluir
  6. Nova leitora aqui sua fic é muito boa tadinho deles eles devem ter sofrido muito nessa passagem de tempo espero que eles se encontrem logo posta mais beijos

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Capitulo 23

- É isso seu Carlos eu... eu queria namorar a sua filha – já estava gaguejando e com as  pernas tremendo - Mais que absurdo, a Mari é muito nova pra namorar eu não vou permitir isso – negava com a cabeça - Mais pai, por favor, eu não sou mais nenhuma criança – Mari se intrometeu e pude ver seu olhar de frustração - Não tem nada de ‘mas’ Mariana, eu não permito isso e pronto – sua voz era de autoridade - Carlos por favor, isso é um exagero – disse dona Isabela - CHEGA ISABELA – ele aumentou ainda mais o seu tom de voz e os olhos da Mari se encheram de lágrimas, aquilo apertou meu coração. Eu não sabia aonde esconder a decepção. Minha vontade era de enfiar minha cara dentro de um buraco. Mari veio até mim e me abraçou forte diante deles. - Não desista de mim por favor, eu te amo – cochichou em meu ouvindo soluçando entre seu choro - Eu não vou, prometo – sussurrei - Agora chega não é pra tanto, Luan acho que eu não preciso explicar mais – disse seu Carlos - Eu v

Capitulo 50

#Luan Narrando - Nunca mais me abandona meu amor, eu te amo  - Eu amo você branquelo, mais que tudo  Nós dois acordamos no mesmo momento. Ela me olhou sorrindo e eu retribui - Princesa - inclinei-me beijando seu rosto - Meu goido - ela falou ainda com a voz rouca  Beijei seu rosto - Que saudades que eu tava desse apelido minha Maritoca - apertei sua bochecha - Será que alguém sentiu a minha falta na festa? - perguntei - Você é o Luan Santana - disse ela e eu sorri fraco - É verdade. Falando nisso, queria tanto que você tivesse me acompanhado nisso tudo, você sempre me apoiou tanto no começo   - Eu te acompanhei bobinho. Lembra que eu prometi que nunca abandonaria meu ídolo em nenhuma circunstância? Sempre fui sua meu amor,  estive do seu lado desde sempre, de alguma forma - ela encantou-me mais uma vez - Amor preciso te falar uma coisa. Sei que esse tempo que a gente passou separado fez com que você pensasse que eu já não te amasse mais. Mas acontece que a promessa de um am

Capitulo 25

1 mês depois #Luan Narrando Eu e Mariana estávamos namorando, mesmo com a restrição do pai dela. Dona Isabela sempre dava um jeito de eu e a Mari nos encontrarmos mesmo quando seu Carlos estava em casa. Inventava que a Mari ia acompanhá-la no mercado, ao médico,esse tipo de coisa. Era muito bom ter o apoio dela. Estava no meu quarto jogado na minha cama refletindo sobre a vida. Sabe, eu nunca imaginei que um dia eu fosse me apaixonar por alguém de verdade. Achava que amor não existia para todas as pessoas, que era apenas coisa de cinema. Mas a Mari apareceu e me mudou completamente. Planejei fazer uma música pra ela antes, mas não estava conseguindo. Com toda essa reflexão, acabei me inspirando. Peguei meu violão, um papel e uma caneta. Sem nenhum sacrifico, comecei a escrever a letra que saia com facilidade. Encontrei a melodia certa e em poucos minutos a música já estava pronta. Hoje eu e a Mari estávamos completando exatamente um mês de namoro. Um mês que eu me